SÃO JOÃO 2003
Como já anteriormente fizemos referencia nesta página, o Rancho da Praça iniciou muito tarde,
praticamente com um mês de antecedência, os trabalhos para a sua participação na "grande noite"
- a Noite de São João 2003.
Esses trabalhos, morosos e delicados, têm que ter o seu início alguns meses antes dado que, no caso concreto do Rancho da Praça, são feitos com e por carolice nos tempos livres que medeiam os horários profissionais e de descanso de cada uma das pessoas que se disponibilizam para trabalhar.
São conhecidos os motivos que "provocaram" este atraso. O Rancho da Praça não tinha um espaço fechado para trabalhar. O processo de negociação para aquisição do armazém foi moroso e enervante, dado que, todos víamos o tempo a passar rapidamente, o São João estava aí e, era imperioso que, a exemplo de muitos anos e no respeito pela tradição, o Rancho da Praça se apresentasse com dignidade nas Festas que deram origem à fundação deste Glorioso no longínquo ano de 1920.
Embora este processo de aquisição ainda não esteja concluído, importa sublinhar a postura do empreiteiro neste negócio e, agradecer publicamente o empenho pessoal dos Srs. Engs. Mário Almeida e Santos Ferreira, respectivamente Presidentes da Câmara Municipal de Vila do Conde e da Assembleia Geral do Rancho da Praça para que fosse facilitada a entrega da chave do armazém.
É nos momentos difíceis que mais se aprecia a voluntariedade das pessoas. Registamos com agrado a ajuda de inúmeros amigos da Colectividade que se prontificaram a ajudar e a colaborar assiduamente na confecção dos carros alegóricos e dos arcos que, juntamente com os ranchos, são elementos fundamentais para o brilho da Marcha Luminosa.
Como habitualmente, a tradição cumpriu-se e a "festa" começou a faltar um mês para o São João. Na noite de 24 de Maio, apesar de estar uma noite extraordinariamente fria para a época, algumas centenas de pessoas reuniram-se atrás da Matriz para cantar ao Santo e "enviar" algumas "piadas" de desafio ao Monte que quase no anonimato lá estava junto a Santa Clara.
No dia 17 de Junho, lembrando que faltam 8 dias para o dia do Padroeiro, o mesmo local voltou a encher-se de gente, desta vez em maior número, para com a mesma emoção e entusiasmo cumprir aquela tradição secular.
A cascata foi como habitualmente feita na Praça de São João, bem junto à magnifica escultura em pedra do Santo que todos os anos abençoa os que naquela sua noite sobem ao pavilhão como os pioneiros de 1920.
Mas, a Marcha Luminosa na Noite de São João com a participação dos 5 ranchos que nessa noite actuariam e com a adesão de muitos populares que quiseram desfilar, foi um verdadeiro e maravilhoso espectáculo coreográfico de alegria, entusiasmo, cor, luz e som, ininterruptamente ovacionado durante todo o percurso.
Integrados na "Marcha", dois imponentes carros alegóricos ricamente construídos e engalanados. O primeiro, era composto com as réplicas do pelourinho e do chafariz, ambos localizados na Praça Vasco da Gama, bem no núcleo histórico da Matriz e do edifício da Câmara Municipal. O segundo, continha a réplica da Capela de Nossa Senhora da Guia, a bela ermida que é o monumento mais antigo de Vila do Conde e ainda, quatro sereias invocando a mitologia e os medos dos valorosos homens do mar.
A actuação em palco dos nossos ranchos Infantil, das Velhas Guardas, de Componentes com idades entre os 40 e 50 anos, de componentes entre os 30 e os 40 anos e a encerrar o rancho mais representativo - o Rancho Adulto, não defraudaram as expectativas e mereceram muitos e justos aplausos dos espectadores que enchiam literalmente o recinto. A participação na Procissão do Padroeiro, de vários pares dos 5 ranchos que actuaram na noite anterior, merece também referência.
Para terminar em grande a participação do Rancho da Praça nestas Festas ao Padroeiro da cidade, a tradicional ida à praia. Dum momento para o outro, o Largo dos Artistas encheu-se para lançar os tradicionais uhuhuhs à passagem do Monte na sua ida à praia. É um prazer e uma alegria vê-los a dançar, completamente perdidos como um rebanho à solta, ao som das músicas do Rancho da Praça.
De seguida, o povo na ordem dos milhares, incorporou-se e lá foi o Rancho da Praça na sua "ida à praia" com a habitual folia e alegria, a cantar e a dançar. Chegados à praia, deparamos com milhares de pessoas, muitas das quais forasteiros que conhecendo esta secular tradição, esperam para apreciar a multidão virada para o mar a cantar e a entoar as quadras de louvor ao Santo.
Findo este ritual, com a mesma emoção e devoção o povo voltou a dirigir-se ao centro da cidade e, no Largo dos Artistas deu-se como habitualmente por encerrada a participação no São João 2003 onde, apesar de cansadas, várias centenas de pessoas ainda dançaram durante largo tempo.
Apesar de os dois ranchos de rendilheiras colectivamente encabeçarem esta iniciativa, ninguém consegue explicar o que leva as pessoas a participar com fervor nesta manifestação tão popular e tão própria dos vilacondenses.
Alguém lhe chamou "uma desorganização organizada".
Em resumo, podemos dizer que o Rancho da Praça superou todas as expectativas e constituiu surpresa geral por em tão pouco tempo conseguir apresentar um trabalho digno e de grande qualidade. Cumpriu-se a tradição.
Os milhares de forasteiros que nessa noite visitam Vila do Conde ficaram maravilhados e o sentido orgulho dos Pracistas ficou cada vez mais engrandecido e reforçado. Parabéns a todos quantos contribuíram para este sucesso.
Para o ano prometemos ainda melhor.
Viva a Praça.
Esses trabalhos, morosos e delicados, têm que ter o seu início alguns meses antes dado que, no caso concreto do Rancho da Praça, são feitos com e por carolice nos tempos livres que medeiam os horários profissionais e de descanso de cada uma das pessoas que se disponibilizam para trabalhar.
São conhecidos os motivos que "provocaram" este atraso. O Rancho da Praça não tinha um espaço fechado para trabalhar. O processo de negociação para aquisição do armazém foi moroso e enervante, dado que, todos víamos o tempo a passar rapidamente, o São João estava aí e, era imperioso que, a exemplo de muitos anos e no respeito pela tradição, o Rancho da Praça se apresentasse com dignidade nas Festas que deram origem à fundação deste Glorioso no longínquo ano de 1920.
Embora este processo de aquisição ainda não esteja concluído, importa sublinhar a postura do empreiteiro neste negócio e, agradecer publicamente o empenho pessoal dos Srs. Engs. Mário Almeida e Santos Ferreira, respectivamente Presidentes da Câmara Municipal de Vila do Conde e da Assembleia Geral do Rancho da Praça para que fosse facilitada a entrega da chave do armazém.
É nos momentos difíceis que mais se aprecia a voluntariedade das pessoas. Registamos com agrado a ajuda de inúmeros amigos da Colectividade que se prontificaram a ajudar e a colaborar assiduamente na confecção dos carros alegóricos e dos arcos que, juntamente com os ranchos, são elementos fundamentais para o brilho da Marcha Luminosa.
Como habitualmente, a tradição cumpriu-se e a "festa" começou a faltar um mês para o São João. Na noite de 24 de Maio, apesar de estar uma noite extraordinariamente fria para a época, algumas centenas de pessoas reuniram-se atrás da Matriz para cantar ao Santo e "enviar" algumas "piadas" de desafio ao Monte que quase no anonimato lá estava junto a Santa Clara.
No dia 17 de Junho, lembrando que faltam 8 dias para o dia do Padroeiro, o mesmo local voltou a encher-se de gente, desta vez em maior número, para com a mesma emoção e entusiasmo cumprir aquela tradição secular.
A cascata foi como habitualmente feita na Praça de São João, bem junto à magnifica escultura em pedra do Santo que todos os anos abençoa os que naquela sua noite sobem ao pavilhão como os pioneiros de 1920.
Mas, a Marcha Luminosa na Noite de São João com a participação dos 5 ranchos que nessa noite actuariam e com a adesão de muitos populares que quiseram desfilar, foi um verdadeiro e maravilhoso espectáculo coreográfico de alegria, entusiasmo, cor, luz e som, ininterruptamente ovacionado durante todo o percurso.
Integrados na "Marcha", dois imponentes carros alegóricos ricamente construídos e engalanados. O primeiro, era composto com as réplicas do pelourinho e do chafariz, ambos localizados na Praça Vasco da Gama, bem no núcleo histórico da Matriz e do edifício da Câmara Municipal. O segundo, continha a réplica da Capela de Nossa Senhora da Guia, a bela ermida que é o monumento mais antigo de Vila do Conde e ainda, quatro sereias invocando a mitologia e os medos dos valorosos homens do mar.
A actuação em palco dos nossos ranchos Infantil, das Velhas Guardas, de Componentes com idades entre os 40 e 50 anos, de componentes entre os 30 e os 40 anos e a encerrar o rancho mais representativo - o Rancho Adulto, não defraudaram as expectativas e mereceram muitos e justos aplausos dos espectadores que enchiam literalmente o recinto. A participação na Procissão do Padroeiro, de vários pares dos 5 ranchos que actuaram na noite anterior, merece também referência.
Para terminar em grande a participação do Rancho da Praça nestas Festas ao Padroeiro da cidade, a tradicional ida à praia. Dum momento para o outro, o Largo dos Artistas encheu-se para lançar os tradicionais uhuhuhs à passagem do Monte na sua ida à praia. É um prazer e uma alegria vê-los a dançar, completamente perdidos como um rebanho à solta, ao som das músicas do Rancho da Praça.
De seguida, o povo na ordem dos milhares, incorporou-se e lá foi o Rancho da Praça na sua "ida à praia" com a habitual folia e alegria, a cantar e a dançar. Chegados à praia, deparamos com milhares de pessoas, muitas das quais forasteiros que conhecendo esta secular tradição, esperam para apreciar a multidão virada para o mar a cantar e a entoar as quadras de louvor ao Santo.
Findo este ritual, com a mesma emoção e devoção o povo voltou a dirigir-se ao centro da cidade e, no Largo dos Artistas deu-se como habitualmente por encerrada a participação no São João 2003 onde, apesar de cansadas, várias centenas de pessoas ainda dançaram durante largo tempo.
Apesar de os dois ranchos de rendilheiras colectivamente encabeçarem esta iniciativa, ninguém consegue explicar o que leva as pessoas a participar com fervor nesta manifestação tão popular e tão própria dos vilacondenses.
Alguém lhe chamou "uma desorganização organizada".
Em resumo, podemos dizer que o Rancho da Praça superou todas as expectativas e constituiu surpresa geral por em tão pouco tempo conseguir apresentar um trabalho digno e de grande qualidade. Cumpriu-se a tradição.
Os milhares de forasteiros que nessa noite visitam Vila do Conde ficaram maravilhados e o sentido orgulho dos Pracistas ficou cada vez mais engrandecido e reforçado. Parabéns a todos quantos contribuíram para este sucesso.
Para o ano prometemos ainda melhor.
Viva a Praça.
